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Surrealismo
O surrealismo é um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na Europa após a Primeira Guerra Mundial, no qual os artistas visavam permitir que a mente inconsciente se expressasse, resultando frequentemente na representação de cenas e ideias ilógicas ou oníricas. Sua intenção era, de acordo com o líder André Breton, "resolver as condições anteriormente contraditórias do sonho e da realidade em uma realidade absoluta, uma super-realidade", ou surrealidade. Produziu obras de pintura, escrita, fotografia, teatro, cinema, música, comédia e outras mídias também.
As obras do surrealismo apresentam o elemento surpresa, justaposições inesperadas e não sequências. No entanto, muitos artistas e escritores surrealistas consideram seu trabalho como uma expressão do movimento filosófico em primeiro lugar (por exemplo, do "automatismo psíquico puro" de que Breton fala no primeiro Manifesto Surrealista), sendo as próprias obras secundárias, ou seja, artefatos da experimentação surrealista. O líder Breton foi explícito em sua afirmação de que o surrealismo era, acima de tudo, um movimento revolucionário. Na época, o movimento era associado a causas políticas como o comunismo e o anarquismo. Foi influenciado pelo movimento Dada dos anos 1910.
O termo "Surrealismo" originou-se com Guillaume Apollinaire em 1917. No entanto, o movimento surrealista só foi oficialmente estabelecido depois de outubro de 1924, quando o Manifesto Surrealista publicado por Breton conseguiu reivindicar o termo para seu grupo sobre uma facção rival liderada por Yvan Goll, que havia publicado seu próprio manifesto surrealista duas semanas antes. O centro mais importante do movimento foi Paris, França. A partir da década de 1920, o movimento se espalhou pelo mundo, impactando as artes visuais, a literatura, o teatro, o cinema e a música de muitos países e idiomas, bem como o pensamento e a prática política, a filosofia e as teorias sociais e culturais.
André Breton
André Robert Breton (19 de fevereiro de 1896 – 28 de setembro de 1966) foi um escritor e poeta francês, co-fundador, líder e principal teórico do surrealismo. Seus escritos incluem o primeiro Manifesto Surrealista(Manifeste du surréalisme) de 1924, no qual ele definiu o surrealismo como "automatismo psíquico puro".
Junto com seu papel de líder do movimento surrealista, ele é o autor de livros célebres como Nadja e L'Amour fou. Essas atividades, combinadas com seu trabalho crítico e teórico sobre escrita e artes plásticas, fizeram de André Breton uma figura importante na arte e literatura francesa do século XX.
